terça-feira, 29 de março de 2011

TAL COMO PAI, NÃO COMO FILHO

Meu pai contava a história do médico e do filho.
Certa feita, um homem muito rico, fazendeiro, tinha um filho com uma doença incurável. Na época, as pessoas não sabiam o que era. A verdade é que este homem pagava muito bem ao médico com a finalidade de que o filho melhorasse. Anos se passaram e o filho do médico crescera, adquira conhecimento e, maravilhado com a profissão do pai, resolve exercer o mesmo ofício.
Pois bem, um dia, quando o bom médico estava ausente para um congresso na capital, seu filho, entusiasmado com a Medicina, recebe um recado da casa da fazenda. O filho do rico fazendeiro adoecera muito. Daí, o filho pródigo, aquele que estudava a finco todos os procedimentos, dera um remédio que fizera com que o doente se recuperasse do torpor rapidamente. Passaram alguns dias e o pai do estudante de Medicina suspeitara de que tivesse algo de diferente ocorrido.  
Soube, então, que o filho assistira o doente enfermo da fazenda e _pasmem!_ havia curado o enfermo. O pai olhou copiosamente o filho e disse que, graças àquele doente, é que ele (o pai) conseguira sustentar a família por anos e, também, pagar a faculdade do filho.
Esta história, apesar de bem elaborada e contada por uma pessoa sem muita instrução, mostra bem o quão é difícil viver numa sociedade sem pensar no “oportunismo”. Como diriam alguns:  mais vale um pássaro na mão do que dois voando.
Num mundo, em que se fala de ética, não é muito difícil encontrar alguém pensando no egoísmo, na falta de caráter, pois, com a desgraça do outro, há com o que sobreviver. Na vida real, todo momento vivenciamos situações limítrofes, seja no trabalho, no relacionamento, na família, na escola, enfim, temos, no fundo, um EGOismo imenso, que só faz com pensemos em “eu”.