sábado, 9 de abril de 2011

A atrocidade da violência urbana

Como professor, não poderia deixar de escrever sobre os fatos trágicos, que ultimamente assolam a sala de aula. Que a violência escolar existe, é fato e disso, muitos já escreveram intensa bibliografia e longos textos explicando causas e consequências. O que eu queria deixar registrado, na verdade, é a falta de segurança que impera em todas as escolas, sem exceção. O fato de haver um atirador no Rio, não impediria que o mesmo acontecesse no interior de uma cidade pequena.
Aliás, qualquer pessoa adentra dentro de uma sala de aula. Outro dia, uma mãe de uma aluna bateu nas costas de uma colega minha, em sala de aula. Até agora, ninguém fez nada... diga-se de passagem que essa minha colega tem 1,82m e tem uma voz que estremece a sala de aula, mas é uma pessoa doce.
Pois bem, há quem diga que o espaço público já não é tão seguro quanto parece. Se por um lado, professor anda desmotivado com tanta violência, basta ver o holerith para constatar a primeira delas (o salário baixo), precárias condições de trabalho, salas superlotadas...Por outro, temos crianças e adolescentes indefesos, assustados com o “terrorismo” existente. Agora, não é um fato longínquo (acontecido em países desenvolvidos, como acontecera hoje, no shopping), mas aqui no Brasil. Fato é que não podemos cruzar os braços e deixar acontecer novamente algo do tipo, por sinal, fiquei até com medo de pegar o trem ou o metrô, porque com a moda de ataques assim, não seria de se espantar, um atentado em metrô ou mesmo em locais de grande circulação de pessoas.
Enfim, vidas de “brasileirinhos”, como disse a nossa presidenta, se foram e quantas ainda teremos de ver indo embora?

terça-feira, 29 de março de 2011

TAL COMO PAI, NÃO COMO FILHO

Meu pai contava a história do médico e do filho.
Certa feita, um homem muito rico, fazendeiro, tinha um filho com uma doença incurável. Na época, as pessoas não sabiam o que era. A verdade é que este homem pagava muito bem ao médico com a finalidade de que o filho melhorasse. Anos se passaram e o filho do médico crescera, adquira conhecimento e, maravilhado com a profissão do pai, resolve exercer o mesmo ofício.
Pois bem, um dia, quando o bom médico estava ausente para um congresso na capital, seu filho, entusiasmado com a Medicina, recebe um recado da casa da fazenda. O filho do rico fazendeiro adoecera muito. Daí, o filho pródigo, aquele que estudava a finco todos os procedimentos, dera um remédio que fizera com que o doente se recuperasse do torpor rapidamente. Passaram alguns dias e o pai do estudante de Medicina suspeitara de que tivesse algo de diferente ocorrido.  
Soube, então, que o filho assistira o doente enfermo da fazenda e _pasmem!_ havia curado o enfermo. O pai olhou copiosamente o filho e disse que, graças àquele doente, é que ele (o pai) conseguira sustentar a família por anos e, também, pagar a faculdade do filho.
Esta história, apesar de bem elaborada e contada por uma pessoa sem muita instrução, mostra bem o quão é difícil viver numa sociedade sem pensar no “oportunismo”. Como diriam alguns:  mais vale um pássaro na mão do que dois voando.
Num mundo, em que se fala de ética, não é muito difícil encontrar alguém pensando no egoísmo, na falta de caráter, pois, com a desgraça do outro, há com o que sobreviver. Na vida real, todo momento vivenciamos situações limítrofes, seja no trabalho, no relacionamento, na família, na escola, enfim, temos, no fundo, um EGOismo imenso, que só faz com pensemos em “eu”.